sexta-feira, 8 de maio de 2009

Cirurgia plástica: quando o sonho vira pesadelo

Beleza e desenvoltura é o sonho de qualquer mulher, especialmente as brasileiras. Para isto, a sociedade impõe os padrões de beleza que devem ser seguidos caso a figura feminina queira ser reconhecida esteticamente. E é justamente para alcançar esse reconhecimento que os profissionais de cirurgias plásticas movimentam milhões em todo o país.

Uma lipoaspiração hoje, uma prótese amanhã, uma redução mais tarde... até que, não encontrando a satisfação pessoal, a mulher poderá ter sérias conseqüências.
Isso porque alguns profissionais da área da saúde, por verem o lucro que uma cirurgia plástica pode render, acabam ingressando no nicho sem estarem preparados. Esses “médicos” cobram preços abaixo do valor padrão o que atrai ainda mais as aspirantes à bela imagem com baixo custo. O resultado disso pode ser sérias deformações, infecções hospitalar e até a morte do paciente.


Quem tem em mãos a vida, deve ser competente para isso. Imagine você com um nariz em sua frente: seu dever é deixa-lo bonito e qualquer erro milimétrico pode ser irreversível. Você foi pago (e não foi pouco) por isso, portanto sua tarefa é adequar a sua profissão ao “sonho” do seu cliente.


A relação do cirurgião plástico com seu paciente pode sim ser considerada de consumo. Esses profissionais só responderão pelo resultado não atingido nos casos de cirurgias estéticas. Nas cirurgias reparadoras, que são aquelas que visam a reconstrução nos casos de acidentes ou doenças, por exemplo, a responsabilidade dos cirurgiões só acontecerá quando verificada a culpa na sua atuação. Nesse caso, invocar a aplicação do Código de Defesa do Consumidor para responsabilizar cirurgiões plásticos, é absolutamente normal, principalmente nos casos em que eles se comprometem com o resultado.


O pior é quando, mesmo com todas as medidas cabíveis, a situação é irreversível para uma mulher que, ontem era saudável e de repente se acordou e se viu com sérios problemas, não só estéticos, mas na saúde física e até psicológica, dependendo do caso. Por estes riscos, o conselho para aquelas que pretendem passar por esta experiência é a prevenção, ou seja, a busca por uma clínica adequada, sabendo que qualquer cirurgia, por menor que seja, implica em risco à saúde. Por este motivo, todos os quesitos (custo, médico, clínica e necessidades) devem ser cuidadosamente analisados, a fim de evitar tragédias e transtornos. Caso seja tarde demais e a ação já tenha causado as conseqüências, em princípio, poderão ser responsabilizados os cirurgiões e as clínicas nos termos do Código de Defesa do Consumidor, notadamente nos casos de imprudência e negligência.

Um comentário:

Djonatha Geremias disse...

O terceiro parágrafo tá ótimo!

Parabéns!